Mercado livre de energia traz redução de custo para empresas a partir de 2024
A partir de 2024 qualquer empresa, do pequeno ao grande porte, conectada em alta tensão de 3.8 para cima, média a alta tensão, poderá acessar o mercado livre de energia e, com isso, obter significativa redução de custo do insumo para a produção. A afirmação é do especialista regulatório e de regras de comercialização da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Gustavo Scrignoli, ao participar do Fórum Eletronorte: Mercado Livre de Energia Elétrica, ontem, no auditório Arivaldo Silveira Fontes, do SENAI Amazonas.
Realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), o fórum permitiu à Eletrobras apresentar aos consumidores, livres ou cativos, as oportunidades de acesso a preços mais competitivos, por meio da aquisição de energia no longo prazo, fortalecendo assim sua posição de solução integrada em energia para todos.
O vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo, destacou o fórum como extremamente relevante para o desenvolvimento econômico e energético sustentável da região. “O mercado livre de energia vai alcançar e impulsionar o mercado para as micro e pequenas empresas”, apontou.
Segundo Scrignoli, os players desse mercado conseguem dar uma liquidez enorme para que toda a indústria consiga ter uma energia a um preço muito mais baixo do que a tarifa da distribuidora local e assim tornar-se mais competitiva.
Entre as vantagens estão os contratos de prazos variados, negociados de forma bilateral (energia) e preço negociado livremente, reduzindo em até 65% os custos com energia elétrica, já que a cobrança pelo mercado livre é de R$ 100 / MWh, e no mercado regular é de R$ 290 / MWh.
De acordo com a executiva sênior de Relacionamento com Clientes do Grupo Comerc Energia, Lorena Siqueira, com a abertura de mercado, mais empresas de portes e segmentos diferentes podem acessar o mercado livre de energia, podendo escolher entre dois perfis, conforme o uso de energia, sendo eles: atacadista e varejista.
Siqueira simulou uma redução de custo de energia de até R$ 8 milhões de reais para a empresa Poliamazon, do empresário Nelson Azevedo, caso mude para o mercado livre, em que o consumidor pode negociar livremente a compra e venda de energia, escolhendo o fornecedor de energia, bem como as condições de suprimento.
Atualmente o requisito mínimo de migração para o mercado livre é de 500 kW de demanda contratada. E todos os consumidores conectados à rede de média tensão poderão migrar para o mercado livre a partir de janeiro de 2024.
De acordo com a diretora de comercialização da Eletrobras, Virgínia Feitosa, a empresa busca ajudar a indústria nacional a ser mais competitiva e focada em seus negócios. “Nosso conhecimento em 60 anos de atuação no mercado será um facilitador para a indústria visto auxiliar na gestão, mitigando riscos que se converterão em resultados percebidos em curto e médio prazo”, assinalou.