PAC: um estímulo para infraestrutura do Amazonas
O lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é um estímulo para um dos setores mais importantes da atividade econômica, pela sua capilaridade na atividade produtiva, espalhando os benefícios desde a grande capacidade de abrir novas frentes de trabalho, até a necessária infraestrutura e de moradia.
O setor da construção, tanto para habitação quanto para as grandes obras de infraestrutura necessitam de um volume maior de aportes e financiamento, tal a magnitude das suas atividades, mas garantem um retorno social e econômico multiplicado pelo alcance no bem-estar social e no desenvolvimento do país.
No caso do Brasil, após tantas crises internas e externas, além da pandemia de Covid-19, precisamos de ações duradouras, com planejamento de longo prazo, como assim é o setor produtivo, de forma a evitarmos ciclos curtos de crescimento com outros de estagnação.
O novo PAC vem em um momento de melhoria dos indicadores internos, com a redução da pressão inflacionária, mas ainda no topo de uma política monetária que inibe os investimentos, tamanho o custo do capital para a produção.
Os encargos decorrentes dos juros estratosféricos estimulam o capital especulativo de curto prazo e deixa a indústria como um todo temerária por fazer investimentos pelo tamanho da dívida contraída. Nesse aspecto, precisamos de melhores condições de financiamento para aumentarmos a produção, a única forma de manter um crescimento sustentável, afastando a pressão inflacionária e tornando o país mais competitivo.
Para o Amazonas, o PAC terá um impacto muito positivo pela sua abrangência de recursos, da ordem de R$ 47,2 bilhões, com recursos destinados para a BR-174, a Manaus-Boa Vista, melhorias nos aeroportos de Coari, Parintins, Fonte Boa e São Gabriel da Cachoeira, além da retomada do programa Luz Para Todos e as moradias do programa Minha Casa, Minha Vida. Também estão incluídos nesse pacote de obras as melhorias no Porto de São Raimundo e na ampliação do Terminal Manaus Moderna.
No caso específico da BR-174, vamos contar com uma via que precisa de melhorias para atendermos os mercados do norte do continente, além dos países limítrofes, contribuindo para uma alternativa de modal que ainda está sendo pouco utilizado pelas grandes dificuldades logísticas. Embora não esteja no PAC, continuamos afirmando a importância da conclusão do trecho do meio da BR-319, a Manaus-Porto Velho, para finalmente conseguirmos maior ligação com o país.
Ainda no tocante à infraestrutura que o Amazonas necessita, o novo PAC trará internet de alta velocidade para conectar municípios, especialmente a rede escolar, contribuindo para melhoria da conectividade em uma região carente pelas suas próprias características geográficas, além de permitir elevar o nível educacional da população, uma das prioridades históricas do Sistema Indústria.
Antonio Silva
Presidente da FIEAM