Crescimento do emprego

27 DE JUNHO DE 2010

 Escrevo antes do jogo Brasil versus Portugal, mas já estamos classificados e passamos para a próxima fase. Portanto, estamos otimistas em ritmo de Copa “Pra frente, Brasil”, porque o futebol é o esporte que reúne e motiva todos os brasileiros. Mas o Brasil está indo a frente também na geração de empregos.

No mês de maio foram criados quase 300 mil empregos, acumulando nos primeiros cinco meses do ano 1.260.368 vagas de trabalho formal. O mercado de trabalho, apesar dos freios impostos com o aumento da taxa Selic, deve continuar crescendo, mesmo com possível diminuição do ritmo da economia no segundo semestre.

Prevê-se um desempenho recorde para este ano, com a criação de vagas de trabalho formal superior a dois milhões. Cinco setores da economia se destacaram em maio: indústria de transformação, comércio, serviços, agricultura e construção civil.

Na indústria de transformação, os empregos foram gerados principalmente nas áreas de material de transportes, mecânica, metalúrgica, materiais de borracha e de produtos alimentícios, com 62.220 postos de trabalho.

O comércio gerou 43.465 empregos, considerando-se os setores atacadista e varejista. O setor de serviços foi o que mais se destacou com a geração de 86.104 vagas, superior ao recorde ocorrido em 2005, em 49%. A participação da agricultura foi de 62.247 postos de trabalho, tendo como principais geradores a produção de café e cana de açúcar. A construção civil, pelo quinto mês consecutivo, bate recorde na geração de empregos, contribuindo com 39.082 novos postos. Esses números são os resultados da alta de 9% da economia nacional, comparado com o mesmo período de 2009, sendo o segundo país que mais cresceu dentro do BRIC, perdendo apenas para a China.

Entretanto, se compararmos ao trimestre anterior, o avanço de 2,7% do PIB coloca o Brasil como o que mais cresceu entre as principais economias do mundo, a frente do Canadá (1,5%), Suécia (1,4%), Japão (1,2%), Portugal (1%), Estados Unidos (0,8%), Itália (0,5%), Reino Unido (0,3%) e Alemanha (0,2%).

Graças ao impulso da indústria e aos investimentos realizados, a soma das riquezas geradas no Brasil alcançou R$ 826,4 bilhões no primeiro trimestre de 2010.

No Polo Industrial de Manaus, apesar do saldo médio de apenas 1.047 novos empregos nos primeiros cinco meses, tivemos em maio a admissão de 3.781 trabalhadores, superior ao mesmo período de 2009 em 124,25%, perfazendo contingente superior a 86 mil ocupações no mercado de trabalho ofertado pela indústria.

Os setores que mais se destacaram na geração de empregos no PIM foram: Eletroeletrônico, com 1.655 admissões, Termoplástico, com 681, Duas Rodas, com 453, Mecânico, com 293 e Metalúrgico, com 246. Não precisamos ter medo de crescer.

Antonio Silva – Presidente da FIEAM